sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Jingle Fucki'n Bells

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Para quem como eu lhe custa entrar no espírito!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A Tríade do Xilofone

Lisboa, 4:48 da manhã, um velho prédio das Avenidas novas, composto por 6 pisos, divididos por entre uma casa de putas, 3 velhas viúvas e ricas, uma família de Chineses e um jovem casal, aparentemente dormia. Nem mesmo ressonar das abastadas irrompia o silêncio que se fazia sentir no 5º andar, a paz reinava no vale dos lençóis.
Uma ruidosa telefonia acorda e decide àquele horário impróprio desatar a disparatar acordes numa escala pentatónica ditados por um antigo xilofone, que acompanhavam o estridente lirismo de uma oriental que parecia sofrer de violentas cólicas. O meu sono pira-se e durante breves instantes tento perceber o que se está a passar e como é que é possível que àquela hora seja possível existir aquele som, naquele volume, mesmo por cima de mim. Esperei uns instantes e obriguei-me a voltar a adormecer tentando convencer-me de que quem cometera tal alarvidade iria também ele sentir-se incomodado e desligar tal acidental ruído. NÃO. Durante largos minutos a chinfrineira continuou.
Decido fazer jus ao meu mau feitio e fama de má cara e de um pulo calço os chinelos e dirijo-me ao patamar, às escadas, ao patamar de cima e o meu dedo enterra-se violentamente e ininterruptamente na campainha da casa dos, donos, cozinheiros e empregadas de mesa do restaurante Chinês lá da rua.
Demorou até que uma figura de um mini Bruce Lee de metro e vinte assomou à porta de cuecas e camisa d'alças branca com uns olhos ainda mais rasgados pelo sono do que pela feição racial. UÁÁÁÁÁHHHH disse-me ele com um indagante aceno vertical de cabeça.
- Uá o caralho já viste bem o cagaçal que estão a fazer. Disse-lhe rispidamente.
Nem um pequeno poro daquela cara amarela se moveu com o meu disparar. Aproveitando-me da falta de entendimento do pequeno dragão, voltei a asnear:
- Barulho pá! Acabem com essa merda rapidamente.
Nada, não entendeu um chavelho e deu um amedrontado passo atrás.
Passei rapidamente à linguagem gestual, e com o indicador dei três toques no ouvido e apontei para o interior da casa. UÁÁÁÁHHHH, mas desta feita com um trejeito afirmativo e fechou a porta.
Desço novamente até casa a balbuciar algumas ofensas.
De novo na cama e perscruto o tecto em escuridão à espera de que a puta da chinesa do disco se cale mais os seus xilofones étnico-rústicos.
Cinco minutos passados e tudo se mantinha, apenas a minha vontade de dormir se sobrepunha à de lá ir de novo. Não vou conseguir dormir hoje, aquela gente não me entende ou está a gozar com a minha cara. A ideia de que estariam lá em cima a rir do gajo que lá foi de calças de fato-de-treino, camisola polar e chinelos de praia, pôs-me de novo com os nervos em franja, e decido-me em ir acabar com aquela festa Ming de vez.
Ainda não tinha dado dois murros na porta, o mesmo chinês desta vez de botas calçadas aparece com um ar muito perdido, faz-me sinal para entrar, e arranca pelo corredor da casa, que, não fora o som que vinha do seu interior parecia dormir tanto ou mais que as restantes do prédio. No fundo do corredor já com luz agarrou-se à porta de um dos quartos e abanou-a olhando para mim em busca de compreensão. Todas as divisões da casa eram encerradas com uma porta de rua com uma fechadura de trancas. O chinês bateu violentamente à porta do quarto de onde vinha o som e gritou guturalmente algo que nem mesmo as bichesas que comem conseguiriam reproduzir. Nada. Com um gesto pediu que me afastasse e repetidamente lançou a bota direita num perfeito golpe marcial contra a fechadura. Á quarta tentativa entrou quarto adentro deixando nacos de madeira pelo chão e farpas pelos braços. Não quis entrar, àquela hora não quis dar de caras com um chinês morto em sua cama enquanto ouvia a Maria João e Mario Laginha lá da China. Parou a musica!
Decidi espreitar, a curiosidade falou mais alto. Dentro de um quarto ornamentado com as mais diversas merdas, em cima da cama estava o dono do restaurante, dormindo profundamente agarrado a meia garrafa de Cardhu.

domingo, 5 de dezembro de 2010

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Asian Foundation

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E o prémio de Logotipo da semana vai para,

o Instituto de Estudos Orientais!


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